Santos FC

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Sem time, não há alçapão

Nosso bastião, a Vila Belmiro continua fraquejando. Há muito, não somos mais imbatíveis no alçapão.

Isso é um mito do passado.

Foi uma má estreia em casa, depois dos ilusórios 3x0 em Lins.

Mas a culpa não é da Vila, é do time que estava em campo.

Mais do que isso, das limitações de nosso elenco, que precisa de reforços urgentemente.

Arthur Gomes promete, foi bem no jogo teve um gol errôneamente anulado.

Mas os demais...e o que dizer de Rodrigão que teve o empate nos pés?

Depois do gol espetacular em Lins, demonstrou suas limitações hoje.

Dou à atual administração o direito de demorar nas contratações pois encontrou um time deficiente, terra arrasada e precisa reorganizar a casa.

Mas não há muito mais tempo à disposição.

Mais do que a derrota, impressionou-me a voracidade com que o vice-presidente Orlando Rollo está se lançando na mídia.

Isso não vai dar certo, a experiência mostra que não.

E o clube será prejudicado.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

A TORCIDA QUER ALEGRIAS

No dia 2 de janeiro, José Carlos Peres realiza o seu sonho, toma posse como presidente do Santos FC. Trabalha para isso desde o começo dos anos 2000, quando criou a ONG Santos Vivo, ou até antes.

Ao definir a ONG como apartidária e apolítica, evitando igualar-se à Associação Resgate Santista que era de oposição à administração de Marcelo Teixeira, Peres se deu o direito de ziguezaguear entre a oposição e o grupo de MT.

Aderiu a MT nas eleições de 2005 – motivo pelo qual desembarquei da ONG, da qual era presidente e me vinculei à Resgate, da qual fui presidente na época que elegemos Laor.

Nesse período, Peres dedicou-se ao G4, que trabalhava ações de marketing para os quatro grandes times de São Paulo. Candidato em 2014, ficou em segundo lugar, graças ao contínuo trabalho da ONG junto aos associados. Mas aderiu à administração de Modesto Roma trabalhando na área de marketing internacional, cujos resultados desconheço. Mais um ziguezague.

Os próximos três anos, os do mandato de Peres, são vitais para o Santos, pois nosso time está em um patamar frágil, podendo decair e tornar-se um time definitivamente médio ou returbinar-se para reconquistar o espaço que merece no futebol brasileiro e mundial.

Não será uma tarefa fácil. O programa apresentado pela sua chapa na eleição alinhou boas propostas para returbinar o Santos. Mas para propostas se tornarem realidade é preciso competência e equipe e superar os desanimadores panoramas esportivo, administrativo e financeiro que herdará da calamitosa gestão de Roma. Um enorme desafio.

Outro enorme desafio será a convivência com Marcelo Teixeira na presidência do Conselho Deliberativo. Dali ele poderá torpedear permanentemente a gestão, segurando e influenciando as ações de Peres. Como será essa convivência, de acomodação aos interesses provincianos representados por Teixeira ou de desafio a partir do poder de iniciativa da Presidência?

Aqui vale fazer uma observação crucial: MT venceu por apenas dois votos a eleição, vantagem ínfima. Isso indica que os 135 conselheiros que não votaram nele podem atrair para sua órbita mais votos ao longo do mandato - criando uma oposição permanente a propostas provincianas e encaminhando outras para a modernização do Santos.

Vale apresentar propostas que melhorem o atual estatuto e resistir a todas destinadas a mutilá-lo ou fazê-lo regredir. Será importante estar atento ao poder da mesa do Conselho de colocar na gaveta propostas que desagradem seus componentes, evitando votá-las. E também à composição das Comissões Fiscal, de Estatuto e de Sindicância.

Nosso time, ainda meio desmontado e com técnico novo estará na Libertadores, a principal competição do continente. Terá capacidade de sair-se bem em todas as disputas do ano? Ao fim e ao cabo, é o que interessa aos torcedores. Essa é a frente prioritária de trabalho dessa nova administração.

Os jogadores que estarão em campo e no banco serão escolhidos somente por critérios técnicos e de qualidade? Serão capazes de encantar a torcida e surpreender os adversários com o DNA ofensivo, marca do Santos? Serão capazes de honrar a camisa e as tradições do Santos?

A torcida estará lá, empurrando o time, seja na Vila Belmiro, no Pacaembu ou outros estádios pelo Brasil afora.

Louca por alegrias!

PELÉ NÃO PRECISAVA DESSE FILME

Faltaram o Zé Carioca e Carmem Miranda no roteiro do filme “Pelé, o Nascimento de uma Lenda”, que assisti recentemente no Netflix.

O roteiro é inspirado na visão que os norte-americanos tinham, ou tem, do Brasil dos anos 40/50, um pais meio urbano/meio “jungle”, onde além de sambarem todos os dias e o dia todo, os moleques jogavam futebol com a “ginga” herdada dos escravos africanos.
...
A “ginga” seria a causa da onipresente e profunda frustração com a perda da Copa de 1950 diante dos combativos uruguaios, e da seguinte, de 1954, quando o time foi atropelado pelo esquadrão húngaro com seu futebol organizado e eficiente. O que os brasileiros jamais conseguiriam.

A história do menino Dico, depois Pelé, em Bauru, é uma saga tropical de luta contra a miséria na qual a ficção e a imaginação dos roteiristas gringos corre solta. Eram o menino e os pais lutando contra a pobreza, a humilhação e o complexo de vira-lata. Tem fundo de verdade, mas pintada com cores melodramáticas e farsescas.

No pulo do Santos para a Seleção Brasileira, Pelé é apresentado como um menino frágil sempre assustado, incompatível com o talento com que desabrochava. E que tem uma epifania na Suécia. O bonachão Vicente Feola, técnico da Seleção, é mostrado como um feroz feitor que tentava impor a disciplina europeia à ginga brasileira. Logo Feola, de quem se dizia que dormia no banco de reservas.

“Pelé, o Nascimento de uma Lenda” coloca o nosso Rei como a peça chave para o Brasil superar o complexo de vira-lata com que Nelson Rodrigues carimbou a seleção pós 50. Mas o time era de craques, todos jogando no Brasil, em que Garrincha também desequilibrou.

Ao contrário de hoje, quando nosso futebol, sim, parece de vira-lata frente ao praticado na Europa – que, diga-se de passagem, importa os nossos melhores craques para abrilhantar seus times disciplinados e eficientes.

Na época de Pelé não era assim, mas é querer demais que os produtores norte-americanos saibam disso.

Zé Carioca e Carmem Miranda fizeram escola.

Pelé não precisava disso.

Pasmem, MT é o novo presidente do CD!

Nesta segunda- feira, ocorre mais uma disputa decisiva no Santos FC, a eleição do presidente do Conselho Deliberativo, um cargo que tem o poder de atrapalhar a atuação da Diretoria do clube e barrar iniciativas de modernização da forma de administrá-lo, principalmente se forem no sentido de aproximar o Santos de sua torcida em São Paulo e pelo Brasil afora. Além de montar um time forte, mais próximo de sua tradição.

Pasmem, diante da vitória de um candidato de São Paulo, Jo...sé Carlos Peres, próximo e ele e com um vice de Santos, o ex-presidente do Clube Marcelo Teixeira resolveu se candidatar à presidência do CD. Não esqueçamos que Peres teve funções na gestões de Teixeira e Modesto Roma.
A chapa de Peres tem um candidato, o advogado Otávio Adegas, que já foi presidente do CD e do clube e carrega junto para um cargo na mesa diretora um irmão de Marcelo, Milton Teixeira Filho. Os dois não se dão. Parece briga de família, não?
É mais do que isso.

Marcelo Teixeira não quer perder o controle do clube como na época de Luís Álvaro. Modesto Roma, o presidente do clube que deixa o cargo, era seu fantoche mas também não foi competente para se reeleger, mesmo com táticas eleitorais fraudulentas e imorais.

Se Marcelo Teixeira ganhar, a vida de Peres na presidência do clube vai se complicar. Do CD, ondas de provincianismo tentarão engolfá-lo. Sem contar que terá a seu lado o vice Orlando Rollo cuja base eleitoral é Santos e tem pretensões políticas na cidade.

Marcelo Teixeira também deve ter pretensões políticas e o Santos é uma ferramenta importante para qualquer campanha eleitoral.

Nesse quadro, o futebol e a administração do clube correm sério perigo de continuarem medíocres.
Consta que Teixeira está telefonando pessoalmente para todos os conselheiros eleitos na semana passada.

Meu coração santista está angustiado.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Peres terá no mínimo 5x4 no CG

Numa iniciativa "política", José Carlos Peres convidou todas as chapas a indicarem membros para o Conselho Gestor - CG - do clube.

O CG tem 9 membros. O presidente,  o vice  e mais 7 convidados pelo presidente.

Peres já convidou 3 membros de sua chapa, assim já garantiu uma maioria de 5x4.

Pode ganhar todas as votações no CG, mesmo que os outros 4 sejam contra elas.

Voltando ao bom combate

Bom pessoal, tenho este blog há muito tempo, mas dei uma arrefecida durante a gestão Modesto porque já tinha dito tudo o que se precisava dizer desde os tempos do Marcelo Teixeira, passando pela gestão Laor que apoiei, menos em algumas atitudes no final de sua passagem pela presidência.

Agora entramos em nova fase com a gestão José Carlos Peres, que é uma retomada de propostas que pretendem superar o provincianismo teixeirista/modestista. Mas Peres se relaciona muito com esse pessoal, trabalhou no Santos nas gestões deles, por isso pode ter âncoras indesejáveis e tentar agradá-los, o que será um atraso.

Por isso, voltarei a escrever com assiduidade, analisando a nova gestão, esperando que as propostas modernizadoras prevaleçam na administração Peres. Em resumo, espero que  o Santos volte a ser um time à altura de suas tradições e história.

domingo, 23 de julho de 2017

O futuro do Santos está no Pacaembu


35 769 torcedores, 32 869 pagantes.no Pacaembu
Renda de R$ 1,2 milhão.
Santos 3x0 Bahia
22 jogos invictos no Pacaembu, 21 vitórias e um empate
Quem ainda duvida que o Santos tem que jogar cada vez mais em São Paulo?
Onde está o futuro do clube?
Sou de Santos, meu avô Ricardo jogou no Santos 6 x Corinthians 3, em 1913, primeira partida entre os dois times.
Meu tio-avô Arnaldo Silveira marcou o primeiro gol oficlal do Santos.
Os dois foram fundadores do clube na minha cidade Natal.
Se o Santos quiser voltar a ser um time tão forte quanto o da era Pelé, que eu acompanhei toda, tem que ampliar seus horizontes.
E São Paulo, o Pacaembu, tem que estar no coração, no vértice, dessa estratégia.